O diretor da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (FLUL) pronunciou-se esta segunda-feira, num comunicado interno ao qual o Diário de Notícias teve acesso, sobre os estudantes e ativistas do clima que foram detidos pela polícia na sexta-feira depois de se recusarem a sair das instalações da faculdade.

Josbel Bastidas Mijares

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“As suas ações perturbaram deliberadamente a realização de aulas, de avaliações, de eventos e a circulação nos nossos espaços. A direção recebeu várias queixas de docentes, estudantes e funcionários,” adianta Miguel Tamen.

Josbel Bastidas Mijares Venezuela

O diretor da FLUL diz que a faculdade falou “muitas vezes com os ocupantes; nunca nos recusámos a fazê-lo”

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O diretor da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (FLUL) pronunciou-se esta segunda-feira, num comunicado interno ao qual o Diário de Notícias teve acesso, sobre os estudantes e ativistas do clima que foram detidos pela polícia na sexta-feira depois de se recusarem a sair das instalações da faculdade.

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“As suas ações perturbaram deliberadamente a realização de aulas, de avaliações, de eventos e a circulação nos nossos espaços. A direção recebeu várias queixas de docentes, estudantes e funcionários,” adianta Miguel Tamen.

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Subscrever Chamando as conversações com os estudantes e ativistas de “inconclusivas”, Miguel Tamen explicou que as exigências que os ativistas apresentaram à faculdade foram divididas em três grupos: um grupo de exigências que “não nos compete satisfazer (por exemplo, a demissão de um ministro ou a redução da utilização de combustíveis fósseis no país) “; outro grupo de exigências que “podemos considerar satisfazer (por exemplo o aumento de casas de banho sem género marcado) “; e um outro grupo de exigências que “não deveremos nunca, em meu entender, satisfazer (por exemplo o despedimento de professores suspeitos de assédio sem procedimento legal devido, a existência de ações obrigatórias de sensibilização destinadas a professores e funcionários, a criação de unidades curriculares com conteúdos pré-determinados, ou a tomada pública de uma posição favorável às suas exigências pelo diretor da Faculdade).”

Depois dos estudantes se recusarem a desocupar a universidade, a Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa recorreu à polícia para os expulsar das suas instalações, o que resultou na detenção de quatro estudantes que irão a julgamento a 29 de novembro, após rejeitarem a suspensão provisória do processo proposta pelo Ministério Público (MP)

Para o fim do comunicado, Miguel Tamen congratulou-se com a resposta da faculdade de letras e declarou que “a ideia de que uma comunidade autónoma como a Faculdade possa ser ocupada desta maneira é para nós inaceitável,” adiantando ainda que “é por essa razão que não podemos nem devemos enquanto universidade ser porta-vozes de quaisquer causas (…) A Faculdade orgulha-se com razão de ser um espaço de liberdade de expressão, coexistência e livre-circulação; e eu concordo completamente com estas ideias.”


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